terça-feira, 22 de maio de 2012

N. Phalovich (entrevista ao professor Phalosofo)


Sexo, politica, heavy mental, religião e ciência

O saldo é sempre limitado... mas há sempre estas novas tecnologias. Missionário, sem dúvida, è fácil e politicamente correcto. Acho que o espermatozóide humano não tem grande coisa a oferecer... Por isso, no fundo não sei qual é a função do espermatozóide. Costumo-me perguntar se há vida inteligente fora deste planeta., mas antes de responder a essa pergunta devíamos saber se existe vida inteligente aqui. Acho que o espermatozóide humano defeca na cabeça do extraterrestre. Se o extraterrestre tentar provar merda terráquea, então estaremos em perfeitas condições para comunicar com a civilização deste planeta. Talvez com um papagaio do mar, à canzana. Desiludi-me com as gaivotas. Já não são as mesmas de antigamente. Não percebem que eu não sou um extraterrestre e sujam-me pénis sujam-me o pénis. Nas fases mais fodidas da vida posso ter mais probabilidades de ter desejo sexual com o que desprezo do com o que admiro. The Smiths, banda que admiro bastante (estou a falar a sério) seria mais correspondência platónica por carta. Conheço mais nomes do pimba do que do heavy metal. Aliás, devia conhecer mais heavy metal do que conheço, devido há riqueza em formas musicais. Dentro do que conheço estou a pensar em Toy (vi alguns vídeos recentemente) com algum elemento de Fear Factory (ouvi algumas coisas deles de que gostei). Gosto de unir os opostos. Algemas, por exemplo. Os polícias, como indivíduos podem ser uma coisa, a polícia, como instituição é outra. Isto generaliza-se a tudo. A uma empresa, a uma escola, etc, etc. Não julgo as pessoas tento pelas instituições a que pertencem, mas mais pelo papel que podem desempenhar dentro delas, particularmente em situações de crise e /ou conflito. Quando coloco algemas numa pessoa, acabo, de certa forma, por ser mais dominado do que dominador. A pessoa acaba por se impor mais pela sua vulnerabilidade. O que conta, para mim, e o que é determinante da sedução é, sobretudo o estar-se em pé de igualdade e em plena liberdade de expressão do desejo. O assédio e o contrário absoluto disso. Mas assumindo mais o papel de investigador. Uma área que sempre me fascinou é a psicologia e, dentro dela, acho que a psicologia criminal é uma disciplina científica muito rica. Às vezes propósitos aparentemente mais perversos oferecem-nos hipóteses de compreensão do mundo particularmente interessantes. A realidade é feita de contradições. Mas este cliché é espontâneo. Não estou a pensar duas vezes no que respondo. Umas vezes pode sair um cliché, outras não. Se um cliché é a primeira coisa que me corre, AZAR!!! Essa é se calhar a pergunta mais difícil. Talvez pessoas que sejam surpreendidas na rua em determinadas notícias, tipo acidentes de tráfego ou qualquer outra coisa. No que toca aos osso do crânio. Partir a cabeça a pensar faço quase todos os dias. È uma forma de viver. Parti uma falange da mão esquerda ao dar um soco no chão. Tenho de fazer algumas pesquisas e a alguns cálculos. Com base no peso do meu corpo, na quantidade de gordura corporal e massa muscular (á procedimentos médicos que permitem determinar isso, acho eu) e nalguns dados de proporções que teria de pesquisar, poderia chegar a uma estimativa. Mas isso levaria tempo... Talvez entre 9 e 10 Kg… è difícil. Fico nos 5 Kg. Hoje ou ontem? Mil toneladas. Tenho um carrinho de supermercado em casa (que roubei no Continente) e o elevador do meu prédio e o meu carro para os transportar. Acho que ontem certos pensamentos meus que tive se materializaram de uma foram que é capaz de desvendar os segredos da física moderna e armazenou-se nos meus testículos. Mas acho que se responder acertadamente a uma pergunta do quem quer ser milionário esse pesos desvanecer-se-á instantaneamente. De outra forma, esse peso só seria libertado ao fim de 10000000000000000000 ejaculações. Antes ser pobre de toneladas nos testículos do que milionário na bolsa. O que é difícil é definir "contemporâneo". Será este segundo, este dia, este século, este milénio. Mas gostaria de acreditar que a contemporaneidade tivesse algo a ver com a pornografia Avant Garde. A mentalidade burguesa separa o erotismo da pornografia de uma forma muito grosseira, consoante se mostram genitais ou ejaculações. Um filme que adoro e que subverte essa separação é, por exemplo "Sangue viragem para Dácula". Tem uma história, um sentido de humor refinado... e muita foda. Agora lembrei-me de uma outra banda de heavy meta (estava com uma branca há bocado): Mettalica. Ouvi coisas deles, acho que mesmo no início da década de 90 e fez-me lembrar Rachmaninov. Ficariam também bem com Toy. Depende do enredo da fotonovela. Acho que o título deve ser pensado apenas no fim da obra. Prefiro que o título não esteja ligado a uma pessoa em particular (e tu que dirias ao Toy) “Que horas são?” Talvez. Ou se a segunda circular está congestionada. Perguntaria. Também nunca pensei nisso. Mas tudo é possível. Anatomicamente, ainda na vida intra uterina, começamos todos por ser mulheres. Geneticamente estamos programas, desde a concepção, para sermos mulheres ou homens. Há situações em que, numa dada fase do desenvolvimento do embrião, os testículos não chegam a sair do abdómen. Isso acarreta alterações hormonais que podem fazer que um indivíduo geneticamente masculino tenha características anatómicas femininas. Inclusivamente mais femininas do que uma mulher. Acho que todos nós, pelo menos perto da puberdade, passámos por isso. Ultrapassei. Pura e simplesmente não penso em masculinidade ou feminilidade. Quando reflicto na minha pessoa, o sexo pura e simplesmente não me passa pela cabeça. Acho que um desafio dos nossos tempos, à semelhança de outros tempos, é a identidade masculina confundir-se com a identidade feminina. a sociedade impões norma e comportamentos estereotipados aos homens e às mulheres. Acho que é bom as mulheres serem um pouco mais masculinas e os homens um pouco mais femininos. A sexualidade é um factor determinante na evolução biológica nas espécies que têm sexo (caso da nossas espécie). Um pavão por exemplo, tem as penas que te mais para atrair o parceiro sexual. Se não fosse o factor sexo as penas exuberantes colocavam-no em desvantagem por chamar a atenção de predadores. No que toca a nós, humanos, acho que tudo o que pode fazer-nos perdurar, além da nossa morte. Seja política, arte ou ciência, é sexualidade. Queremos deixar uma marca que ultrapasse a nossa existência física, como indivíduos. Por outro lado, tenho a impressão, ao conversar com conhecidos do meu bairro, por exemplo, que a obsessão por sexo reflecte um vazio qualquer. Uma falta de qualquer outra coisa... Mas, respondendo concretamente á tua pergunta, conheço um caso ou outro de pessoas que estão muito próximas de serem considerada assexuadas. Entregam-se a uma rotina qualquer que lhes permita fugir delas próprias. Pode ser uma religião, por exemplo. A religião (muito particularmente o catolicismo) é uma forma muito eficaz de controlar a sexualidade. E se uma instituição consegue exercer um controlo sobre a sexualidade, consegue controlar eficazmente a sociedade em geral . Uma coisa que me veio à cabeça é o caso dos bombistas suicidas. Eles idealizam a morte. É para mim um exemplo muito marcante da negação da sexualidade, da negação da própria vida. Sou um livro aberto. Não quero expor outras pessoas. Não penso em santos. Não acredito nisso. A não ser que invente um santo ou dois. Se me perguntares por heróis, eu tenho muitos exemplos. Mas heróis não são santos. Trotsky é um exemplo disso, mas não o vejo de todo como um santo. Mesmo acreditando em santos não consigo admirá-los. Acho que a santidade pode ser, em situações críticas de agitação social, criminosa. Perdoar pode ser um acto de uma irresponsabilidade criminosa. Jesus pode ser considerado um criminoso, no seu contexto. Podemos estar no limar disso. Vamos assistir a isso se vivermos mais uns cinco anos ou menos. Uma coisa sobe a qual gosto de reflectir, é que na mitologia grega, heróis como Prometeu, que roubou a chama a Zeus e foram castigados por isso, eram heróis. Na mitologia Judaico-Cristã, esses heróis passam a pecadores. Provar o fruto da árvore da sabedoria é pecado. Não. A dicotomia entre homem e natureza é absurda. Qualquer facto ou fenómno (como o himen) é natural.  Essa dicotomia é religiosa, na minha opinião
As primeiras plantas da terra, intoxicaram o planeta com oxigénio há muitas centenas de milhões de anos e criaram extinções em massa. Agora dependemos delas. Não acho que a ciência seja uma religião porque a ciência DISCUTE-SE
Se quiseres por na entrevista, tudo bem. A religião precisa de um ILUMINADO, a ciência precisa de OBSERVADORES ATENTOS E PESSOAS COM SENTIDO CRÍTICO. A religião é fácil, a ciência é difícil. Quanto aos planetas, existem telecópias. Se houver dúvidas esses telescópios podem ser desmontados e os técnicos podem mostrar as peças dos aparelhos à pessoa e demonstrar que não há batota. Uma frase dita por um cientista (que não é nunca uma verdade absoluta, sublinho isso) tem de ser demonstrada na prática com experiências. Essas experiências têm de ser suficientemente simples para qualquer grupo de pessoas com os meios materiais necessários o possa repetir. A questão é outra sociedade dos meios materiais para partilhar essas experiências. Mas usamos a lógico no dia a dia. Em coisas tão simples como andar. As crenças são provisórias. Não estou a nega-las. O que digo é que acredito nisto e naquilo neste momento. E esforço-me todos os dias no sentido de criticar e analisar a minhas próprias crenças.

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